06/04/2019
Teu corpo
*
Teu corpo
*
Entrando assim em outra
vida
sem pedir licença
sem pensamentos
estarrecidos e inalterados,
foi o que restou
desse caminho
torto,
de curvas
intensas.
Saberia o que é teu
e meu,
não calaria o fôlego
de uma vida só,
afastaria os delírios
às avessas,
sentiria o que o corpo
estava destinado a sentir
não hesitaria
nem um minuto,
se existisse a maldade
em teu ser gentil.
Considera o porvir,
considera o desejo
considera, ainda assim, o silêncio,
e não considera
a escuridão,
as estrelas perdidas
no coração, batendo,
até não mais bater.
MR
Fotografia: Marli Reis, "claro/escuro"
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário