Em Fortaleza/CE
Fotografia: Marli Reis
*
Sinais
Entender os sinais
depois que observar
era como pousar o olhar
por anos em contemplação
na solitude dos estados de chuva,
na amplitude de asfalto
visto de bem longe
onde só o silêncio importa.
Caminhos tantos!
Contando cada entardecer
como um degrau de esperança,
e era lindo!
Ficou tudo encantado.
Cada respiração de embriaguez
de ar gelado
conta.
Nas folhas, o vento.
Nas flores, abelhas em voo.
Chegou o tempo de colher
a saudade de caminhos
não percorridos.
Aprender faz da castanha
o que existe no caju.
Além disso,
descer do altar da razão,
misturar os sentidos
no avesso da bondade
e descobrir o esplendor
do amor
é saber das andorinhas
em seus ninhos,
cantiga serena
de quem despertou
sem dormir.
*
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